SAÚDE Vigilância alerta para cuidados com os sintomas da febre oropouche Data da notícia: 2024-09-02 18:15:02
Foto: Daiane Mendonça/Divulgação
Governo orienta os núcleos hospitalares de epidemiologia, disciplinando o fluxo e cuidados necessários de amostras
Após a confirmação pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde Nacional (CIEVS Nacional) de duas mortes por febre oropouche no estado da Bahia, o governo de Rondônia está orientando os núcleos hospitalares de epidemiologia para disciplinar o fluxo e cuidados necessários ao encaminhamento de amostras para diagnóstico laboratorial de casos suspeitos de dengue, chikungunya,zika, oropouche e mayaro. A iniciativa é da Secretaria Estadual da Saúde (Sesau), Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) e Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen).
A doença produz um quadro semelhante ao da dengue e chikungunya. De acordo com a chefe do Núcleo das Arboviroses da Agevisa, Suzemar Ferreira Moreira, “é fundamental a adoção de uma postura de atenção maior a essas pessoas que apresentam sinais e sintomas sugestivos a arboviroses, evitando o agravamento da doença”, frisou.
O diretor-geral da Agevisa, Gilvander Gregório de Lima ressaltou que, a necessidade da correta manipulação das amostras de sangue, que serão enviadas ao Lacen é fundamental. “Para isso, é importante reforçar a colaboração com as autoridades de saúde locais para investigar, prontamente, qualquer indício de ocorrência da doença.”
Sintomas
Na manifestação da doença, o início é súbito, geralmente com febre, dor de cabeça, artralgia e mialgia (dor nas articulações e nos músculos), calafrios e, às vezes, náuseas e vômitos persistentes de 5 a 7 dias. O período de incubação da doença é de aproximadamente 4 a 8 dias. O tempo oportuno da coleta de sangue é até o 5º dia do início dos sintomas e segue o protocolo de diagnóstico das arboviroses (dengue, zika e chikungunya).
No ciclo urbano, o homem é o hospedeiro principal, com o vetor primário sendo o Culicoides paraensis (maruim ou mosquito-pólvora). Entre as características da febre, destaca o elevado potencial de transmissão e disseminação, com capacidade de causar surtos e epidemias em áreas urbanas. Por sua semelhança clínica com outras arboviroses, o tratamento a ser seguido é o protocolo de Manejo Clínico da dengue, preconizado pelo Ministério da Saúde, uma vez que, não há vacina e tratamento específicos disponíveis até o momento.
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